Autora de mais de 70 obras publicadas, a escritora Marina Colasanti morreu nesta terça-feira (28), aos 87 anos, no Rio de Janeiro.
A informação foi confirmada pela Academia Brasileira de Letras (ABL). A causa da morte não foi divulgada.
Colasanti é considerada um dos grandes nomes da literatura infantojuvenil brasileira, e escreveu tanto para crianças como para adultos. Além de escritora, também foi jornalista, artista plástica e tradutora.
Dentre seus principais livros estão: “Entre a Espada e a Rosa” (1993), “Ana Z aonde vai Você” (1994), “Rota de Colisão” (1994), “Eu Sei, Mas Não Devia” (1997), “Passageira em Trânsito” (2010), “Antes de Virar Gigante e Outras Histórias” (2011) e “Breve História de um Pequeno Amor” (2014).
Marina Colasanti nasceu na cidade de Asmara, capital da Eritreia, em 1937, época em que o território ainda era uma colônia italiana. Ela se mudou para Trípoli, na Líbia, e depois para a Itália, até que, em 1948, veio com a família para o Brasil.
Colasanti se formou como artista plástica, mas iniciou sua carreira como jornalista e cronista no Jornal do Brasil em 1962, no Rio de Janeiro. Escreveu para revistas, apresentou programas culturais na televisão e traduziu renomados autores estrangeiros para o português.
Em 1968, publicou seu primeiro livro – o autobiográfico “Eu sozinha” – e seguiu escrevendo e publicando poesia, contos, crônicas, ensaios, romances e literatura infantojuvenil. A autora também fez uso de seu diploma de artista plástica ilustrando as próprias obras.
Em 2024, Marina Colasanti foi escolhida como personalidade literária do ano pelo Prêmio Jabuti, após ganhar a estatueta nove vezes ao longo dos anos na categoria de Melhor Livro Infantil.
A escritora acumulou prêmios, tendo recebido no México, aos 80 anos, o Prêmio Iberoamericano SM de Literatura Infantil e Juvenil, um dos mais importantes da área. Ela também recebeu o Prêmio Machado de Assis em 2023, concedido pela Academia Brasileira de Letras.
Colasanti deixa para trás o marido, também escritor, Affonso Romano de Sant’Anna, e duas filhas, Fabiana e Alessandra Colasanti.
“Ainda Estou Aqui”: vendas do livro crescem virtualmente após prêmios
