Uma espécie de camarão gigante e com traços em azul vem chamando a atenção de pescadores nas últimas semanas, no município de Barcarena, região metropolitana de Belém, no Pará.
O crustáceo, também conhecido como camarão-da-Malásia, é bem diferente do tradicional camarão regional que os ribeirinhos estão acostumados a pescar na região.
Para especialistas esse fenômeno é prejudicial à fauna local, devido aos hábitos alimentares deste animal que costuma comer outros camarões. A espécie na biologia é chamada de Macrobrachium rosenbergii.
“Eles se alimentam da nossa fauna local, então acaba tendo um desequilíbrio, não tem predadores naturais e isso vai causar problemas ambientais. Estudos mostram que ele foi introduzido no Brasil, principalmente na nossa região, e isso vem afetando e crescendo com o passar do tempo”, destacou o Biólogo, Victor Hugo Costa.
Nas redes sociais, pescadores compartilharam imagens do momento em que o animal é capturado. Nas cenas é possível acompanhar um comparativo com a mão e até a cabeça do próprio pescador ao lado do camarão gigante.
Confira o vídeo abaixo:
O crustáceo também é confundido com o lagostim, devido ao tamanho que pode chegar a até 32 cm de comprimento e já foram registrados casos de camarões de 1 kg.
Sua estrutura conta com patas longas e a cauda na coloração azul, além do corpo que é amarelado ao cinza.
A CNN Brasil solicitou um posicionamento da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) sobre essa migração de camarões gigantes, mas até o momento desta publicação não houve retorno.